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O eletrocardiograma e a vida na prática



É muito comum enviarmos mensagens assim:


"Oi td bem?"


"Olá. Tudo bem e vc?"


"Tdo certo tbm"


Perguntamos se está tudo bem mas ao mesmo tempo não perguntamos é nada.


Esse é um comportamento automático!


Eu sou psicóloga, trato pessoas com ansiedade, baixa autoestima, insegurança, medos....


Mas eu também tenho dias mais ou menos e dias ruins.


Dias que não sou produtiva, dias que quero ficar quietinha e até mesmo não conversar muito.


Sabe por que?


Porque sou humana!


Eu sei que nós temos o mal costume de achar que somos feitas(os) de ferro, que não cansamos, que não adoecemos... Mas gente, isso não é verdade!


Quero contar pra vocês o que costumo falar para meus pacientes.


Comparo a vida com um exame de eletrocardiograma.


Sabe aquelas ondinhas?


Aquilo é saúde, coração batendo. Significa VIDA! Sobe e desce.


Quando a linha fica reta, significa morte.


Picos muito altos ou muito baixos significam arritmia, ou seja, ausência de regularidade do ritmo cardíaco.


Esses picos marcam o coração e podem provocar paradas cardíacas.


Isso representa a vida.


É normal os dias oscilarem, dias mais produtivos, sensações prazerosas e dias mais lentos, mais introspectivos. Sobe e desce da vida, com equilíbrio e sem extremos.


Se os dias forem todos iguais (linha reta), não há vida! Perdeu-se o brilho, o encanto e até mesmo a reflexão sobre a vida que os dias tristes nos permite ter.


Os picos também são ruins, danificam sua autoestima e prejudicam sua saúde mental. E te marcam, parece até que divide sua história.


Não se cobre de estar sempre bem.


Saiba ouvir o seu corpo, suas emoções e permita-se ter pausas e dias mais quietos.


Mas observe se o seu dia a dia se tornou a mesma coisa, como se nada acontecesse ou nada te despertasse a vontade de viver.


Também observe se existem muitos picos de tristeza que não passam ou picos de euforia que passam tão depressa!


A vida é equilíbrio!


Lembre-se que todas(os) nós temos dificuldades!


Não passe por isso sozinha(o)!

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