**Texto publicado em meu antigo Blog em 16 de fevereiro de 2018.
Aqui será um espaço para conversarmos sobre assuntos que envolvam Psicologia, Saúde e Bem Estar! O Conte Me Mais te convida a compartilhar ideias e reflexões!
Para começar, vamos falar sobre algo que fazemos a todo instante, algo que na maioria das vezes não controlamos, algo que adoraríamos desvendar nas outras pessoas, algo que pode nos aprisionar, mas também pode nos libertar... vamos falar sobre o pensamento!
Se o tema despertar o interesse dos leitores, pretendo falar mais detalhadamente sobre o assunto, mas para começar a conversa é preciso dizer que existem fatores implícitos na formação de crenças e ideologias de uma pessoa que muitas vezes são desconhecidos, impedindo, assim, que o indivíduo consiga questionar ou até mesmo entender porque certas "certezas" fazem parte de sua vida, essas crenças e ideologias são frutos de uma série de pensamentos que podem envolver os mais diversos assuntos e experiências.
Como se dá o pensamento? Como se formam as certezas e convicções de uma pessoa? Temos algum controle sobre isso?
A origem da palavra pensar vem do termo em latim pensare que pode ser traduzido como suspender ou pendurar e se refere aos pratos de uma balança, o 'pesar os prós e os contras' que traduziu-se num enfoque de ponderar, examinar o que gerou o pensar, no sentido de refletir e meditar. Pensar significa então, avaliar o peso de alguma coisa, podemos dizer que o pensamento avalia a realidade que estamos vivendo.
As frases "A essência do homem é pensar. Sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não quer, que também imagina e que sente" são do conhecido filósofo René Descartes (1596-1650), ele dizia que as concepções são derivadas daquilo que percebemos com nossos sentidos, assim ele questionava até que ponto suas percepções sensitivas seriam confiáveis. Ele se perguntava se existiam verdades absolutas, como por exemplo, o conhecimento lógico, e assim ele disse que há apenas uma certeza, de que ele estava pensando sobre essas questões, essa era a única certeza que ele poderia ter, que existe um "EU" que pensa isso tudo, foi ai que ele disse uma de suas frases mais conhecidas: 'Cogito, ergo sum', que traduzida do latim significa: Penso, logo existo!
Realmente, pensar é vida, é existir, é formar opiniões e conceitos, é tomar decisões, é dirigir a vida para determinado objetivo, é criar hipóteses, é confirmar ideologias ou abominá-las, pensar remete ação que remete vida, mas e quando o pensamento nos torna escravos? Quando ele se torna excessivo e fora de controle, quando só conseguimos pensar naquilo que não queremos, assim revivemos por inúmeras vezes aquilo que mais desejamos esquecer.... o que fazer? Porque isso ocorre? O que se passa em nosso cérebro quando estamos pensando?
Pensar envolve um processo mental que permite que as pessoas modelem o mundo e elaborem uma forma de lidar com ele de acordo com seus planos e desejos.
O ser humano é um ser pensante. Pensamos sobre coisas passadas, projetamos o futuro, resolvemos problemas do presente, criamos, sonhamos, fantasiamos e somos capazes de pensar sobre nós mesmos, e essa maravilhosa capacidade não pode ser menosprezada ou inutilizada. O pensar humano, uma das surpreendentes capacidades que possuímos, não pode ser deixado de lado, não deveria nos escravizar e sim nos libertar, pois através dessa incrível capacidade podemos criar, explorar, descobrir e encontrar respostas.
Na próxima postagem falarei mais especificamente sobre como nossos pensamentos são construídos em nossa mente, quais processos cerebrais fazem parte dessa construção.
Se desejar, deixe seu comentário abaixo, compartilhe experiências e conhecimentos!
Até a próxima, Psicóloga Aline Sartori
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