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Menina triste na janela
Baixa Autoestima

O que é, diferença entre baixa e boa autoestima, relação com decisões, causas, sinais e prejuízos

 

Sabe aquela sensação de que você nunca é boa o suficiente?

Como se sempre faltasse algo em você?

Um peso de comparação e cobrança que não te deixa em paz?

Pode ser BAIXA AUTOESTIMA!

O que é Autoestima?

Saber o que é autoestima é o primeiro passo para cuidar da sua. “Auto” fala de você mesma(o); “estima” é valor, apreço, cuidado. Mas a ciência psicológica vai além: autoestima é o valor que você atribui a si, construído a partir de experiências, crenças, emoções, comportamentos e da sua autoimagem.

Ela nasce das histórias que você viveu e influencia como você age hoje e como vai agir no futuro. Em resumo, autoestima é como você se vê e se descreve. É amar e respeitar quem você é, com autoaceitação, autorrespeito e autoconhecimento.

Qual a diferença entre boa e baixa Autoestima?

Autoestima é a imagem que você tem de si.

  • Boa autoestima: visão realista e positiva, reconhecimento de forças e limites, capacidade de se acolher e se posicionar.

  • Baixa autoestima: visão negativa ou distorcida de si, sensação de insuficiência, dificuldade de se afirmar e medo de errar.

 

Autoestima se relaciona com inteligência emocional: reconhecer, nomear e considerar as próprias emoções. Quem se conhece lida melhor com suas fragilidades e potencialidades e isso impacta diretamente escolhas e comportamentos. Baixa autoestima tende a estagnar, aumentar o medo de mudanças e travar o investimento em si.

Por que a Autoestima importa nas decisões?

A baixa autoestima distorce a sua visão sobre si mesma(o). Quem tem uma boa autoestima se conhece melhor, se respeita, se ama e se valoriza e isso está totalmente ligado a tomada de decisões e escolhas porque através das nossas escolhas nós nos expressamos e nos empoderamos. Nossas escolhas dizem muito sobre o nosso amor-próprio.


É claro que qualquer pessoa pode fazer uma escolha ruim, isso faz parte da vida. Mas, uma pessoa com boa autoestima faz escolhas considerando a sua saúde física e emocional não se sujeitando a situações que lhe façam muito mal.


Uma boa autoestima nos faz acolher quem somos de verdade, sem máscaras, sem vergonha, sem culpa.


Quando nos conhecemos bem, aprendemos a valorizar a nossa humanidade, considerando que temos pontos fortes e pontos fracos, aprendemos a nos respeitar, nos valorizar e lidar com as nossas fragilidades.


Isso nos ajuda a se sentir mais segura(o) em relação a quem somos de verdade. Uma boa autoestima ajuda a reduzir ansiedade e estresse porque olhamos com mais atenção para nossas necessidades, equilibrando o que é importante para nós e para os outros.

 

Até a forma como enxergamos o mundo também está ligada ao valor que atribuímos a nós mesmos.


A autoestima modifica a forma como você vê o mundo: Uma boa autoestima te ajuda a ver o mundo como uma possibilidade de encarar desafios e usar os erros como aprendizado.


Já a baixa autoestima faz a realidade perder a cor e o brilho e te deixa desmotivada(o). O mundo parece um lugar hostil e sem espaço para você.

Mulher forçada
Quais os sinais da baixa Autoestima?​

Existem algumas características bem típicas da baixa autoestima, que podem ser vistas como sinais de alerta:
  • Falta de confiança em si mesma(o) e nos outros
  • Medo de rejeição
  • Medo de mudanças e de novos desafios
  • Perfeccionismo - não se permite errar
  • Excesso de reclamações
  • Falta de autocuidado
  • Procrastinação
  • Desvalorização das conquistas pessoais - coloca defeito em tudo o que faz
  • Não aceitar ter limitações
  • Excesso de timidez
  • Excesso de comparação com os outros
  • Necessidade de aprovação dos outros - precisa de elogios e reconhecimento
  • Excesso de competitividade
  • Sensação de incapacidade - não confia e nem acredita em si mesma(o)

Baixa Autoestima é um transtorno mental?

Não. Baixa autoestima não é, por si só, um transtorno. Mas está frequentemente associada a quadros como depressão, ansiedade, pânico, bipolaridade e outros. Ela pode ser sinal de algum transtorno ou contribuir para seu desenvolvimento. Por isso, é essencial uma avaliação psicológica para entender a raiz do problema e traçar o melhor plano de cuidado.

Causas e fatores que influenciam

Cada pessoa tem uma história. A baixa autoestima pode estar ligada a:

  • Experiências de crítica, rejeição ou comparação constantes

  • Traumas, bullying, abuso ou negligência

  • Padrões familiares rígidos/perfeccionistas

  • Relações desrespeitosas (pessoais ou profissionais)

  • Falhas interpretadas como “provas” de incapacidade

  • Pressão social e cultural por performance e aparência

 

Não existe “causa mais importante”: cada história importa e merece cuidado.

Quais os prejuízos da baixa Autoestima?

A baixa autoestima pode afetar fortemente vida pessoal, social, familiar, estudos e trabalho. Entre os impactos mais comuns:

  • Queda de desempenho e dificuldade de crescer profissionalmente

  • Medo de ser rejeitada(o) → aceitação de situações que ferem seus valores

  • Dependência de elogios/validação externa

  • Dificuldade em lidar com críticas

  • Comparação constante e sensação de “ficar para trás”

  • Procrastinação por medo de falhar

  • Incapacidade de reconhecer vitórias (desvaloriza conquistas)

  • Rotinas pouco saudáveis e maior risco de ansiedade e depressão

 

Já a boa autoestima favorece: encarar mudanças, confiar em si, cuidar do corpo e da mente, dizer não, colocar limites, se posicionar com respeito e agir quando algo precisa mudar.

Tratamento da baixa Autoestima
  • Psicoterapia

 

O primeiro passo é avaliar se a baixa autoestima está associada a outros quadros. Na prática clínica, utilizamos a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) aliada à Psicologia Baseada em Evidências. Isso significa que as técnicas usadas têm comprovação científica de eficácia.

Na TCC, trabalhamos para:

  • Ressignificar memórias e crenças que te diminuem

  • Identificar e reestruturar pensamentos automáticos e padrões de autossabotagem

  • Fortalecer autoconhecimento, autorrespeito e autoaceitação

  • Desenvolver habilidades de comunicação assertiva e limites

  • Construir rotas reais de ação, respeitando seu tempo e sua história

 

Em alguns casos, quando há transtornos associados, pode haver indicação médica de medicação. A decisão é sempre compartilhada e acompanhada.

Dicas valiosas para você cuidar da sua Autoestima

Além da psicoterapia, existem algumas práticas e hábitos que podem te ajudar a cuidar da sua autoestima no dia a dia! Confira abaixo:

  • NÃO DESISTA. Sim, já começo pedindo para você não desistir. Lembre-se que tudo é um processo de aprendizado. Precisa de dedicação, empenho e consistência. As mudanças não acontecem do dia para a noite, aprenda a valorizar a sua jornada em rumo a construção de uma boa autoestima.​

  • APRENDA A DIZER NÃO. Muitas pessoas tem medo de decepcionar os outros ou se preocupam com o que os outros pensam sobre elas e por isso, para se sentirem amadas e queridas, abrem mão do que realmente pensam ou pior aceitam fazer coisas que não querem, dizem que podem fazer coisas que não podem e acabam traindo a si mesmas. Isso faz com que dentro dessa pessoa uma raiva comece a se instalar e crescer mais a cada dia, porém um dia isso pode sair do controle e essa pessoa simplesmente fica esgotada. Isso é terrível para a autoestima, pois a pessoa afunda cada vez mais sentindo que não consegue se respeitar e se impor. Dizer não é difícil. Mas é necessário.​

  • NÃO BUSQUE PERFEIÇÃO. Ninguém é perfeito. Isso é real. Existem edições de vídeo, de fotos, maquiagens que escondem tudo, cirurgias e tratamentos estéticos. Além disso, quando olhamos para uma pessoa que consideramos próspero e bem resolvido não sabemos o que ela já passou e passa em seu íntimo. Faça as coisas dando o seu melhor, mas entenda que todos podem errar e está tudo bem. O importante é não desistir e tentar novamente. Ninguém nasce sabendo.​ Aprenda a direcionar o seu olhar para seu esforço. Tire aprendizados de seus erros. Não foque no faltou, foque no que deu certo e como pode melhorar.​

  • NÃO SE COMPARE COM OS OUTROS. Isso não é justo com você e nem com o outro. Cada pessoa tem sua história, seus traumas, desafios, experiências e principalmente: cada um tem a sua realidade. Se compare consigo mesma(o) e busque ser melhor do que você foi ontem. Essa será uma comparação mais justa.​

  • ADMIRE AS SUAS QUALIDADES E VITÓRIAS. Não espere conquistar tudo para se parabenizar. As pequenas conquistas merecem comemoração. O ser humano é um ser desejoso, nunca está satisfeito. Então, direcione o seu olhar e a sua atenção para coisas que um dia você desejou e hoje são realidade. Comemore os seus pequenos avanços e conquistas. Aprenda a valorizar o processo e não apenas o resultado final.​

  • TRATE A CULPA QUE CARREGA DENTRO DE VOCÊ. O principal vilão contra a autoestima é a culpa. A culpa nos faz secar por dentro, nos deixa com a sensação de que não existe mais opção. Gera uma autocobrança absurda. É necessário tratar, resolver e lidar com a culpa ressignificando os acontecimentos. A psicoterapia pode ser um caminho para isso.​

  • NÃO SEJA 8 OU 80. Aprenda a separar as coisas, sentimentos e acontecimentos. Não é porque você cometeu um erro no passado que irá cometê-lo novamente ou que ele irá definir você para sempre. Não se cobre por quem você era, entenda que as coisas mudam sim. Seja mais flexível.​

  • APRENDA A SE ENXERGAR MAIS. O que é bom pra você? O que você gosta de fazer? O que funciona pra você? Nem sempre o que funciona e é bom para o outro será para você. Conheça seus gostos e limites e respeite-os.​

  • PRATIQUE A GRATIDÃO. Se você focar apenas no que deu errado, no que ainda não conquistou, nas memórias negativas, como espera ter uma boa autoestima? Direcione seu olhar para as coisas que você pode ser grata(o) hoje.​

  • VENHA PARA O PRESENTE. Saia do passado e do futuro e viva o hoje. A ansiedade também prejudica sua autoestima, aprender a lidar com pensamentos ansiosos é importante nessa caminhada de reconstrução da autoestima.​

  • INVISTA NO AUTOCONHECIMENTO. A autoestima está intimamente relacionada ao autoconhecimento. Se a autoestima é o quanto gostamos, respeitamos e confiamos em nós mesmas(os), o autoconhecimento é o que vai te ajudar a identificar tudo isso. É o caminho para conquistar essa autoconfiança.​ Através do autoconhecimento reconhecemos nossas qualidades e competências, valorizamos o que temos de melhor. Aprendemos a reconhecer e lidar com nossos defeitos e limitações. O autoconhecimento serve de degrau para nossa evolução e melhoria contínua. A psicoterapia é um caminho certeiro para desenvolver o autoconhecimento e cuidar da autoestima.

É possível se livrar do peso da baixa autoestima e da insegurança?

Olha eu gostaria que você tivesse tido apenas boas experiências, bons relacionamentos, pais compreensivos e amorosos e que não precisasse sentir a dor da exclusão e da injustiça.

Eu gostaria que você tivesse aprendido a ouvir e entender suas emoções, que conseguisse sentir na pele o quanto você é especial, gostaria que você pudesse enxergar tudo o que é capaz de fazer.

Eu gostaria que você tivesse um ótimo trabalho, que não sofresse com a falta de reconhecimento e valorização. Gostaria que você não precisasse se sobrecarregar para lidar com todos os seus afazeres.

Eu gostaria que sua família fosse perfeita, sem problemas e sem brigas. Que respeitassem seu jeito de ser.

Mas, eu sei que infelizmente sua vida não é perfeita desse jeito como eu gostaria.

Você sente dor, raiva, medo, tristeza, arrependimento, ansiedade... e talvez está carregando esse peso da baixa autoestima por dias, meses ou até anos.

A vida é cheia de imprevistos, dores, desentendimentos, traumas e injustiças.
 

A terapia é um suporte real para atravessar fases difíceis, tratar feridas antigas e construir novas referências internas. Precisar de ajuda não te faz fraca(o) te faz humana(o). Procure apoio profissional. Procure uma psicóloga. Cuide-se.

 

Psicóloga Aline Sartori Goch - CRP 08/34938

Mulher sorridente ao ar livre

Muitas pessoas tem uma dificuldade imensa de impor seus próprios limites e dizer não. Mas, nós precisamos falar sobre o mal que isso pode causar na sua vida. No vídeo, você vai entender por que isso acontece com você, quais os riscos que isso te oferece e aprender 4 passos eficazes e comprovados para te ajudar a começar a dizer não.

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