** Texto publicado em meu antigo Blog em 13 de maio de 2018.
Aquele momento que você ri à toa... que você se esquece dos problemas... que os céus ficam mais azuis, as flores mais coloridas... aquela vontade de abraçar e compartilhar momentos... aquela sensação de bem-estar... aquela confiança que tudo dará certo... aquele desejo que esse momento nunca acabe...
A alegria! Como é prazeroso sentir-se alegre! A alegria faz parte das emoções básicas do ser humano e, assim como as demais emoções, ela é importante para a nossa saúde.
É tão fácil presenciar a alegria nos rostinhos das crianças, mas tão difícil enxerga-la nos adultos. Parece que ao crescer, o adulto não encontra mais a alegria em viver, os compromissos e responsabilidades acabam ofuscando essa emoção.
Uma simples tarde em um parquinho da praça pode se tornar o dia mais feliz da vida de uma criança, em contraposição tem pessoas crescidas que não sabem mais o que é rir à toa, cantar e brincar com liberdade, sentir-se livre e capaz de ser o que quiser. Por que se torna tão difícil se alegrar? Por que desaprendemos a alegria?
Na verdade, não desaprendemos, mas nos tornamos muito exigentes. Diferente da criança que vive cada momento com intensidade e com paixão, nós colocamos condições para nossa alegria existir... terminar a faculdade, fazer pós-graduação, ter a casa própria, comprar o carro do ano, ter filhos, se casar, ser promovido no emprego.... etc... etc... assim deixamos de aproveitar um momento que poderia nos proporcionar alegria por achar que ainda não a merecemos, porque não conquistamos tudo o que listamos para aí sim termos direito à alegria... à felicidade. Mas quem disse que é preciso ter tudo isso para se alegrar? Ou pior, quem disse que a alegria precisa ser merecida? A alegria é direito de todos!
É natural termos sonhos, projetos e almejar melhorar nossa vida, isso é algo bom, é importante, porém nossa busca por melhoria de vida não pode nos tornar frios e insensíveis as coisas simples da vida! Se perceber que não tem mais se alegrado com facilidade, que nada mais te toca e te faz sentir-se feliz... é hora de rever o seu estilo de vida e o que tem colocado como prioridade em sua vida.
É importante dar uma pausa... tirar um dia ou algumas horas apenas para apreciar a vida... a tristeza, como já falamos, faz parte da nossa vida e tem sua importância, mas para se viver bem e com qualidade, é necessário o equilíbrio entre essas emoções!
Reflita no seu dia a dia... o que te deixa alegre? Com que frequência faz coisas que te alegram? Até que ponto o medo tem te impedido de viver a alegria? O quanto se cobra do que precisa ter e alcançar que não te deixa viver a alegria do dia a dia? Você acha que tem direito a alegria?
São perguntas simples, mas que podem nos ajudar a nos conhecermos melhor. Se não consegue mais encontrar motivos para se alegrar, se não consegue enxergar mais a alegria em sua vida, se acha que não tem direito de se alegrar porque ainda precisa fazer muitas coisas na vida para ter esse direito, talvez seja a hora de procurar ajuda, de compartilhar suas dores e angústias e redescobrir a alegria.
Não permita que você perca a sensibilidade da vida!
Psicóloga Aline Sartori
Deixo para apreciação uma música do cantor Oswaldo Montenegro “Eu quero ser feliz agora”:
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